segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A PORNOGRAFIA CAUSA VÍCIO?

Um dos elementos que está minando fortemente a
sociedade e principalmente as famílias é o consumo de
pornografia, que como se têm comprovado recentemente, é
um elemento “viciante” como qualquer das drogas, em que é
fácil entrar e difícil de sair, causando graves desordens na
pessoa e ao seu redor.
Infelizmente, enquanto para os outros tipos de
drogas existem programas de prevenção e até seu uso e
distribuição está controlado por lei, esse tipo de droga se
defende na lei de “liberdade de expressão” ficando como uma
“escolha” pessoal comprar material ou submeter-se à sua
influência (um drogado é livre para escolher?)
O que não se contempla, é que o vício funciona da
mesma maneira que as outras drogas, por pequenas quantias.
No mundo da droga, os vendedores do entorpecente,
presenteiam seus futuros clientes com pequenas doses,
esperando que essas se apoderem da pessoa e criar nela a
dependência. Uma vez conseguido isso, adquirem um cliente
seguro. Já não se presenteia mais, pelo contrário, lhes oferece
drogas cada vez mais poderosas e obviamente mais caras.
O mesmo acontece com a pornografia, com a
grande desvantagem que essa chega praticamente a quase
todo o mundo através de nossos meios de comunicação. No
jornal, na televisão e no cinema, a indústria da pornografia
vai criando a excitação, a curiosidade e com ela o vício nessa
droga. É triste ver que praticamente todos os comerciais de
televisão se encontram temas sexuais.
A ciência da comunicação tem desenvolvido
amplamente o que se chama de “publicidade subliminar” no
qual o aspecto pornográfico passa despercebido do
consciente, mas vai se infiltrando lentamente até o mais
profundo da consciência do indivíduo.
Em uma recente pesquisa realizada nos EUA pela
“National Coalition for the Protection of Children and
Families”, organização criada para proteger a sociedade
contra os efeitos da pornografia, foi descoberto que até em
muitas produções recentes de contos como são “A Pequena
Sereia” e “Pocahontas”, existem elementos expressamente de
caráter sexual, que vão se modificando nas crianças sua
apreciação com respeito à relação de casal, o matrimônio, e a
vida íntima.
Apenas para darmos uma idéia da magnitude do
problema, nos EUA, em 1997, a Indústria pornográfica
ganhou mais de 8 milhões de dólares. É um problema que
não podemos ignorar, pois está destinado a destruir os lares e
a vida da pessoa em si.
Em seu efeito devastador, a pornografia não apenas
destrói a intimidade do casal, mas devido a sua grande carga
de violência contida no material pornográfico, sobretudo
contra a mulher, essa passa a ser um simples objeto de prazer
e de agressão sexual, que com o tempo tende a estender-se
nas demais áreas da vida dos que se vêem expostos nesse
material, chegando a causar a desintegração total da família e
do indivíduo.
É totalmente contrária a dignidade da pessoa, pois a
relação íntima serve para que o casal fortaleça no amor e na
generosidade, usufruindo como presente o prazer sexual. A
pornografia ao contrário, convida a buscar unicamente a
experiência do sexo de uma maneira totalmente egoísta.
Por outro lado, na pornografia as relações fora do
matrimônio se apresentam como uma experiência “excitante
e desejável” ignorando o compromisso que implica o
matrimônio. Faz com que a beleza da mulher seja medida
pela proporção das partes de seu corpo, desvalorizando
totalmente sua qualidade humana.
É por isso que os jovens que estão continuamente
expostos a pornografia são geralmente incapazes de
estabelecer uma relação adequada com uma pessoa, pois seus
critérios e expectativas não vão em busca do amor mas do
prazer.
Também é triste, que recentes estudos
demonstraram que, pelo menos nos EUA, os principais
consumidores de pornografia são os adolescentes entre 12 e
17 anos. Isso, sem lugar a dúvidas, nos diz da falta de atenção
dos pais na educação sexual dos filhos, que buscam na
puberdade por todos os meios para saciar não apenas seu
conhecimento mas sua curiosidade natural.
Sem encontrar respostas e atenção adequada no seio
familiar, eles buscam de maneira equivocada entre os amigos,
recorrendo naturalmente as revistas, filmes e agora na
Internet.
Um dos grandes problemas de ser “instruído” pela
pornografia, é que nela não existe absolutamente nada que
informe sobre a AIDS, nem da possibilidade de gravidez em
adolescentes, e principalmente vai criando uma idéia
equivocada sobre a relação sexual do casal.
Conseqüências?
Primeiro, os leva a pensar que o que viram pode ser
feito desde o namoro, ou com qualquer pessoa, e quando
casados nunca encontram a plena satisfação com seu
parceiro(a), pois querem e buscam algo que é irreal,
esvaziando de conteúdo e de amor na relação íntima.
A pornografia leva a acreditar aos jovens que a
mulher “delicia-se” sendo desnuda, abusada e até estuprada.
Atualmente uma das fontes mais importantes para o mercado
da pornografia é a internet, já que permite o acesso a material
pornográfico de todo tipo e em qualquer hora.
Uma pesquisa feita por Nielsen Media Research
Inc, revelou que o acesso apenas no site da Penthouse, por
parte de três empresas americanas, os leva a perder mais de
347 horas por homem no período de um mês. Isso nos revela
a importância que é preciso ter sobre a supervisão desse
meio, não apenas nas empresas mas em nossas próprias casas.
Algumas recomendações que se têm feito para frear
o acesso a essa informação é o âmbito familiar, é não ter
computador nos quartos mas em um lugar “público”, no qual
seja fácil saber que material se está acessando; também existe
diferentes bloqueadores contra a pornografia que podem ser
instalados nos computador. Ainda que não totalmente eficaz,
esses métodos proporcionam um bom nível de segurança e
alguns deles podem prover aos pais informações sobre a
tentativa de acesso a material pornográfico, que acaba sendo
útil para a formação dos filhos.
Mantenhamos-nos longe da pornografia para ter
uma vida mais saudável. Se você pensa que têm sido afetado
por essa droga busque ajuda antes que destrua a sua vida e a
sua família.
Além disso, a pornografia atenta gravemente contra
a dignidade de quem se dedica a ela (atores, comerciantes,
público), pois cada um se vê para o outro como um objeto de
prazer rudimentar e de uma ganância ilícita. Introduz em
alguns a ilusão de um mundo fictício. As autoridades civis
deveriam cortar esse depreciável negócio que move tantos
milhões e que destrói tantas vidas e dignidades.
O fato é que a pornografia, igual outras drogas, cria um
nível cada vez maior de tolerância arrastando
progressivamente ao consumidor materiais cada vez mais
radicais, levando ao incontrolável aumento de desvios e
parafilias de todo tipo em nossos dias. A Pornografia leva ao
vício e ao aumento progressivo das doses.